O 30 de Abril de 2009 fui uma das pessoas afortunadas em assistir à conferência do Richard Stallman em Vigo (Galiza) organizada pelo Master de Softaware Libre da Fundação Caixanova.

O programa foi o seguinte:
16h. O Movimento do SL
19h. O perigo das Patentes
Só pude assistir à primeira parte do evento. Mas foi suficiente! O Richard Stallman (fundador do Projecto GNU e da Free Software Fundation) não defraudou no seu discurso ante um público formado por umas 300 pessoas (surpreendentemente com numerosa afluência de mulheres).
Deu um repasso às origens do SL, falou das confusões entre SL e outros movimentos que não respeitam a opção da liberdade. A luta constante pela liberdade do SL como uma luta pela liberdade dos usuários para controlar o seu computador e o seu software e a luta constante por manter estas liberdades.
O SL é uma filosofia ética, e pelo tanto uma luta política, já que é uma luta pela liberdade. Devolver o poder aos usuários frente ao controlo das empresas atravês do software privativo das nossas máquinas. O SL é a defesa da liberdade de termos a capacidade de melhorar os produtos, adaptá-lo às nossas necessidades e compartilhá-lo com outras pessoas.
Falou também dos falhos do SL ao deixar a luta constante pela liberdade em muitos casos por ganhar presença social que depois não rentabiliza no seu próprio projecto. Neste caso utilizar Linux como kernel do GNU foi um acerto já que contribuiu a expandir a presença do SL na sociedade mas perdeu a referência na luta pela liberdade. O Linux não é totalmente livre e ocultou a existência da base principal do sistema operacional que é o GNU. Desta maneira recomendou voltar ao nome “oficial” do sistema operacional denominando-o como GNU com Linux ou GNU/Linux.
Fez referência ao enfrentamento com o Linus Torvalds já que este defende a necessidade de manter Linux com DRM (digital rights management) e partes de código não livres. Neste sentido o Richard Stallman defende voltar a utilizar versões do kernel de linux totalmente livres ou “Linux Libre”, com o nome em espanhol, para evitar a confusão entre livre e gratuito do termo Free em inglês. Citou as poucas distribuições atuais totalmente livres, entre elas a galega Trisquel.
Por último incidiu em duas questões fundamentais:
- O emprego: o SL não contribui ao desemprego. Mas ao contrário contribui ao desenvolvimento de empresas locais, à existência de pessoas que adaptam e modificam o software segundo a demanda dos seus clientes e empresas que localizam o software a diferentes línguas. Assim enquanto pode acabar com o emprego de alguns programadores, nas grandes empresas de software, cria outros noutros sectores da fabricação do software.
- A educação: a luta pelo software livre é uma luta pela liberdade e pela democracia. Assim não deve ser permitido a instalação de software privativa nas escolas para a educação. Criticou em espanha a decisão do governo do psoe de querer dar a cada criança da educação primária computadores com windows instalado. A empresa facilita um presente envenenado. Dá o primeiro gratuitamente e depois jà tem controladas as crianças para o resto da vida. Fez uma piada comparando o software privativo com a droga: a primeira dose é grátis mas depois terá apanhadas as vítimas durante o resto da sua vida. Fomenta o uso e o ensino do SL nas escolas para que o estudantado possa conhecer, utilizar e manipular o software desde pequenos sendo donos do conhecimento sobre o software.

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